terça-feira, 26 de maio de 2020

Banho de sol

Naquela tarde decidi ir para a piscina do condomínio. Apesar do calor que se fazia sentir de certeza que havia nortada na praia, e alem disso não me estava a apetecer confusões, por isso a piscina era a melhor opção para um bom banho de sol.

Normalmente tinha a piscina só para mim, mas desta vez, quando lá cheguei, para minha surpresa, vi que tinha companhia. Era a nova vizinha que se tinha mudado para o condomínio há menos de um mês. Já me tinha cruzado uma ou outra vez com ela na garagem, mas nunca tínhamos falado (tirando as saudações da praxe). Por momentos pensei em a ir cumprimentar, mas como ela tinha os headphones colocados, achei melhor não incomodar.

Fui colocar a toalha no outro extremo do relvado, mas tive o cuidado de me colocar de forma a poder observá-la. Estava deitada de barriga para cima na sua toalha, de olhos fechados, e ainda não tinha dado pela minha presença, por isso pus de lado a discrição e dei uma boa olhadela, completamente à descarada.

Deitei-me na toalha, de barriga para baixo e deixei os meus olhos percorreram o seu corpo, observando sem pudor todos os pormenores (como relvado era pequeno estava próximo o suficiente para observar ao pormenor). Era uma mulher madura, mais ou menos da minha idade. Tinha os cabelos cor de fogo a emoldurar um belo e sereno rosto. Imediatamente me fixei na sua boca, nos seus lábios carnudos e bem desenhados, uma boca linda que fez a minha imaginação disparar.

Sacudi ligeiramente a cabeça, como que para afastar esses pensamentos, e continuei o meu escrutínio. O meu olhar desceu um pouco e parei nos seus belos seios. Eram grandes (sem serem exagerados) e voluptuosos. No tecido do fato de banho (azul e branco) dava para ver as protuberâncias causadas pelos seus mamilos. Esta visão causou imediatamente uma reação no meu pénis, que começou a enrijecer.

Humedeci os lábios com a língua e os meus olhos continuaram a descer pelo seu corpo, em direção ao destino final. Levando o meu tempo observei as suas pernas, languidamente estendidas sobre a toalha (que tinha as mesmas cores do fato de banho). Eram umas belas pernas, bem torneadas, brancas, a precisar de sol. Onde as pernas terminavam ficavam aqueles que normalmente eram o meu maior objeto de desejo, os pés.

Finalmente ali chegado demorei o meu tempo, dissecando completamente aqueles belos pés, analisando todos os pormenores. Desde o calcanhar até às pontas dos dedos, passando pelo arco e pelo peito do pé. À distancia analisei os seus dedos dos pés, um a um, o seu alinhamento, o seu cumprimento, o espaço entre eles. Passando os meus olhos por onde desejava passar a minha língua.

A pressão do peso do meu corpo sobre a minha ereção (sim, nessa altura já me encontrava completamente ereto) já não era apenas desconfortável, era dolorosa. Ajustei o meu corpo para tentar aliviar um pouco a dor, desviando finalmente o olhar dos seus pés e foi aí que reparei que ela já não se encontrava de olhos fechados. Algures durante o meu “exame” ela tinha aberto os olhos e dado pela minha presença. Neste momento o seu olhar estava fixo em mim, com um sorriso amistoso nos lindos lábios.

Por momentos fiquei sem reação, e pelo calor que senti nas bochechas devo ter ficado vermelho como um pimento. Só conseguia pensar em há quanto tempo ela estaria a observar-me, a observar-me a observá-la. Coloquei no rosto um sorriso amarelo (o melhor que consegui naquela circunstancia) e fiz um aceno em jeito de cumprimento, que ela devolveu. Como não tinha um buraco onde me enfiar enterrei a cabeça na toalha e fechei os olhos, esperando que ela não achasse que eu era um tarado. Mal me fosse possível levantar iria regressar ao apartamento (e talvez masturbar-me a pensar nos seus pés).

Alguns minutos depois a minha ereção estava finalmente a começar a dar tréguas quando senti o calor do sol a fugir do meu corpo. Levantei a cabeça e imediatamente vi a razão da sombra que recaía sobre mim. Parada, de pé, á minha frente, estava a minha vizinha, olhando para mim de cima para baixo, sorrindo. Os seus pés encontravam-se a poucos centímetros do meu rosto e foi a primeira coisa que vi quando abri os olhos. Escusado será dizer que a ereção regressou com toda a força, fazendo-me empinar ligeiramente o rabo. Creio que o seu sorriso se alargou um pouco mais com esta minha reação, mas pode ter sido impressão minha.

- Olá. Ainda não fomos apresentados. Eu sou a XXXXX a vizinha do 3º esquerdo.

- Olá! Eu sou o XXXXX, 4º direito – consegui responder.

- Finalmente tive oportunidade de vir experimentar a piscina. É sempre assim tão calma? Julguei que ia estar sozinha toda a tarde, até teres aparecido…

- Sim é. Quase sempre sou eu o único a usá-la. Às vezes os vizinhos do 2º esquerdo também aparecem por cá, mas normalmente sempre sou só eu, ou melhor era só eu.

A situação era tudo menos confortável. Começando pela posição, deitado a olhar para cima para ela. Podia me levantar, mas no estado em que me encontrava era impossível faze-lo sem passar uma enorme vergonha. Os pés dela mesmo junto ao meu rosto ainda pioravam a situação, alem de me manterem excitado, os meus olhos saltavam de cima para baixo, alternando entre o seu rosto e os seus pés.

A conversa de circunstancia continuou por mais uns bons 10 minutos, mais da parte dela do que da minha. Eu estava cheio de dores no pescoço, de olhar para cima, e no pénis, por causa da ereção esmagada entre o meu corpo e o chão. Além disso não me conseguia focar na conversa por isso limitava-me a responder com banalidades ou monossílabos. Que rica impressão devia estar a passar…

- Bem, já quase não há sol. Está na hora de ir para cima. – Disse ela finalmente

- Eu ainda devo ficar mais um pouco, a aproveitar mais um bocadinho – Respondi com um misto de alivio e decepção.

- Pois, acredito que sim. Com o teu pau duro como está vais precisar de um bocado antes de te poderes levantar.

Não consegui responder. Afinal ela tinha-me visto a olhar para ela. Ela sabia que eu estava excitado. Estava capaz de morrer de vergonha. Ela soltou uma gargalhada.

- Não fiques com essa cara de cachorrinho que foi apanhado a fazer uma asneira. Normalmente sou capaz de topar um submisso a léguas, mas contigo foi muito obvio. Quando te apanhei a olhar para os meus pés foi quase como se tivesses um letreiro na testa.

Continuei em silencio.

- Gostas dos meus pés? Queres beijá-los? É isso rafeirinho?

Abri a boca para responder, sinceramente não sei o que ia dizer, mas antes que o pudesse fazer ela acrescentou.

- Pensa bem no que vais responder. Não te vou voltar a fazer esta pergunta. Se disseres que não, não volto a falar no assunto e voltamos ao bom dia e boa tarde.

Pausou por um momento.

- Se disseres que sim para a próxima não te pergunto se queres ou não, simplesmente ordeno-te que os beijes e tu obedeces.

Nova pausa.

- Então, queres ou não beijar os meus pés?

- Sim quero – murmurei, enquanto engolia em seco – Quero muito!

- Pois queres. Eu sei que queres. Então rasteja até eles.

Rastejei os poucos centímetros que me separavam dos seus pés.

- Isso. Agora põe-te de quatro e beijo-os. Mas sem lhes tocar com as mãos. Apenas com a boca.

Coloquei-me de quatro e beijei-lhe os pés. Uma vez, duas, vezes, dezenas de vezes. Beijei até ela me mandar parar. Nem pensei em olhar para as janelas do prédio antes, para verificar se havia algum vizinho à janela. Também não sei se ela verificou ou se simplesmente não queria saber.

- Já chega. Lindo menino. Agora lambe os meus dedos dos pés, como o cão rafeiro que és. Limpa os meus pés. Vai.

Enquanto dizia isto apoiou o peso do pé no calcanhar, levantou e estendeu para mim os dedos de um dos pés. Imediatamente comecei a lamber os dedos do seu pé, primeiro timidamente depois sofregamente, passando a língua entre eles e metendo-os na boca, chupando-os.

- Agora o outro - Disse ela pousando aquele pé e estendendo o outro. Não me fiz rogado e obedeci.

- Chega. Estava mesmo a precisar de um cão rafeiro como tu para me limpar o suor dos pés com a língua. Foste um lindo menino, ficaram bem limpinhos.

- Obrigado.

- Obrigado Senhora. A partir de agora quando te dirigires a mim tratas-me com o respeito que mereço. Tratas-me por você e por Senhora. Entendido rafeiro?

- Sim Senhora.

- Lindo menino, já vi que aprendes depressa.

- Sim Senhora.

- Estou aqui a pensar para que mais podes servir. Acho que te vou levar para o meu apartamento e descobrir. O que achas?

Nem queria acreditar no que estava a ouvir. Antes sequer de pensar no assunto ouvi-me a responder.

- Sim Senhora.

- Então anda dai. Rápido antes que me arrependa.

Peguei na minha toalha e no meu telemóvel e levantei-me. Imediatamente a ouvi dizer num tom de voz baixo, mas duro, de quem não está para brincadeiras.

- O que é que estás a fazer? Estás parvo rafeiro?

- Mas… Mas … Não disse?

- Alguém te mandou levantar?

- Não. Não Senhora.

- Então põe-te de quatro já antes que mude de ideias e vá embora sozinha.

- Sim Senhora – respondi enquanto me colocava de quatro.

- Assim, sim. Anda daí, e já agora trás as minhas coisas. – Disse ela atirando a toalha para o chão, para junto de mim.

Peguei na sua toalha e segui as suas pisadas, de quatro atrás dela, atravessando o relvado até à entrada do prédio. Mais uma vez não sei se havia alguém a ver, não pensei nisso, apenas obedeci. Já dentro do prédio entramos no elevador e ela pressionou o botão do terceiro piso.

Ali de joelhos, em silencio, a seu lado, carregando as nossas toalhas de banho, observei a porta do elevador fechar e senti que ao mesmo tempo encerrava um capitulo da minha vida. A minha vida de antes, de antes de a conhecer, tinha terminado. Naquele momento começava a ser escrito um novo capitulo, e nada voltaria a ser igual.




























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