O chicote (pode se chamar laço da verdade, mas é no fundo um chicote), as botas de cano alto , as braceletes de metal, o espartilho, tudo subtis referencias à natureza fetichista desta super-heroína que foi pioneira e que continua a ser uma das mais fortes personagens femininas num universo maioritariamente dominado por personagens masculinas.
A personagem foi criada por William Moulton Marston (psicólogo e inventor do detetor de mentiras) conhecido pelas suas ideias feministas e adepto das relações poliamorosas. O lançamento da personagem foi acompanhado de um press relase (um autentico manifesto feminista) que dizia que o ao criar a personagem o autor pretendia: “criar nas crianças e jovens uma imagem de uma feminilidade forte livre e corajosa, para combater a ideia que as mulheres são inferiores ao homem e para inspirar as jovens mulheres a terem auto confiança nas suas capacidades atléticas, e na capacidade de ocuparem profissões monopolizadas por homens”.
Facto curioso , o criador exigia que a personagem Wonder Woman fosse amarrada com cordas ou correntes em todos os números, algo quer foi notado e alvo de varias reclamações por parte do publico. Segundo ele o quebrar das correntes era um poderoso símbolo de emancipação feminina. Afirmação feminista ou apenas kinky ? Deixo a questão no ar.
No volume Wonder Woman #4 (Part 3: The Rubber Barons) de 1943 toda a subtileza é posta de lado e o lado kink de William Moulton Marston vem ao de cima. Nesta historia a Wonder Woman encontra Torgson, um empresário corrupto a amarrar a sua amante Elva para a matar e depois de o subjugar obriga-o a liberta-la … de joelhos .. usando os dentes…
Depois Torgson é preso durante três dias, nos quais, ele preso e tratado como um escravo, e obrigado a tratar Elva como sua rainha. Aquando dos seus protestos Elva diz-lhe “Estou a fazer de ti um homem ! Apender a ser submisso é o teste final da masculinidade!”
Para sua surpresa de ambos, Torgson não só rapidamente aprende a obedecer a Elva como acaba por gostar de ser seu escravo. Como eu o percebo …
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